Quais são os fatores ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento do TEA (Transtorno do Espectro Autista)?

Quais são os fatores ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista

No post anterior exploramos se existe uma possível causa para o autismo e porque o número de diagnósticos desse transtorno vem aumentando nos últimos anos. Como explicado no post anterior uma das possíveis causas estudadas é o envolvimento de fatores ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento do TEA. Nesse post vamos entender melhor o que são esses fatores ambientais e como eles podem contribuir para o autismo.

Fatores Ambientais

Estudos indicam que a exposição pré-natal a certos agentes químicos pode aumentar o risco de autismo em crianças. Poluentes do ar, pesticidas e produtos químicos industriais estão entre esses agentes. Além disso, infecções virais ou bacterianas durante a gravidez e complicações durante o parto, como falta de oxigênio para o bebê ou parto prematuro, foram identificadas como fatores de risco para o autismo. Deficiências nutricionais, uso de medicamentos durante a gravidez e condições como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e obesidade materna também podem desempenhar um papel no desenvolvimento do TEA.

Cuidados obstétricos, dieta saudável e medidas preventivas durante a gestação são fundamentais para minimizar esses riscos e proteger o desenvolvimento fetal.

Fatores Intrínsecos

A idade dos pais pode influenciar o risco de autismo, sendo que pais mais velhos têm uma probabilidade maior de ter filhos com autismo, devido a mudanças genéticas que ocorrem com o envelhecimento. A idade do pai parece ser mais relevante que a da mãe nesse aspecto. Não existe uma idade específica a partir da qual os riscos aumentam. Acima dos 40 anos presume-se um maior risco significativo.

Além disso, o sexo do bebê também é um fator, com os meninos tendo uma probabilidade maior de serem diagnosticados com autismo do que as meninas. Mais frequentes 4x em homens do que em mulheres. Este fenômeno sugere que as meninas podem ser mais tolerantes, necessitando de mais fatores genéticos e/ou ambientais para desenvolver o transtorno.

Conclusão

O autismo é uma condição complexa e multifacetada, influenciada por uma combinação de fatores ambientais e intrínsecos. Embora tenhamos avançado na compreensão desses fatores, ainda há muito a ser explorado. Em nosso próximo post, abordaremos a intrigante questão sobre: Disparidade de gênero no diagnóstico de autismo. Clique aqui para ver o post e explorar mais sobre esse fascinante tópico.