Crise Febril em Crianças: O Que os Pais Precisam Saber

crise febril em crianças o que fazer, causas e tratamentos

As crianças são vulneráveis a uma série de condições de saúde, e uma delas é a crise
febril. Para os pais, presenciar seu filho em uma crise febril pode ser uma experiência
assustadora e angustiante. Neste artigo, discutiremos o que é uma crise febril, suas causas,
sintomas e o que os pais devem fazer quando se deparam com essa situação.


O que é uma crise febril?
Uma crise febril ocorre quando uma criança tem uma mudança abrupta da temperatura
corporal, acompanhada por convulsões ou movimentos incontroláveis. Essas convulsões
podem ser assustadoras, mas na maioria dos casos são benignas e não causam danos
permanentes ao cérebro da criança.


Causas da crise febril
A febre é uma resposta natural do corpo a uma infecção, e a maioria das crises febris
ocorre devido a infecções virais, como gripes e resfriados. No entanto, também pode ser
desencadeada por infecções bacterianas, infecções do ouvido médio, pneumonia ou até
mesmo por vacinas.

Sintomas da crise febril
Durante uma crise febril, a criança pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Perda de consciência ou sonolência;
  • Movimentos involuntários dos braços e pernas;
  • Tremores musculares;
  • Olhos revirados;
  • Lábios azulados.

O que os pais devem fazer:

1. Mantenha a calma: É importante lembrar que a maioria das crises febris é benigna e geralmente não requer tratamento médico imediato.

2. Mantenha a criança segura: Coloque-a em um local seguro, para evitar quedas ou lesões durante a convulsão. Remova objetos próximos que possam ser perigosos. Proteja a cabeça da criança para evitar lesões durante os movimentos incontroláveis.

3. Observe a duração da convulsão: A maioria das crises febris dura apenas alguns minutos. Anote a duração para informar o médico posteriormente. Se possível filme os movimentos.

4. Não restrinja os movimentos da criança: Evite segurar ou restringir os movimentos da criança durante a crise febril. Isso pode causar lesões e prolongar a convulsão.

5. Vire a cabeça da criança de lado: Isso pode ajudar a evitar que a saliva ou vômito obstruam as vias aéreas durante a convulsão.

6. Busque ajuda médica: Após a crise febril, leve a criança ao médico para avaliação no pronto socorro infantil.

O risco de recorrência de outra crise febril após o primeiro episódio é em torno de 30% e aumenta com os seguintes fatores:

– História familiar de crise febril

– Se o primeiro evento de crise for antes de 1 ano de vida

– Crise com temperatura da febre baixa entre 38-39ºC

– Crise que ocorreu com menos de 24 horas do início do quadro febril.

O risco de desenvolvimento futuro de epilepsia é de pouco menos que 2-5%, sendo que alguns fatores podem aumentar esse valor:

– Crianças que já possuem anormalidades do desenvolvimento neurológico;

– História familiar de epilepsia;

– Crise que ocorreu com menos de 1 horas do início do quadro febril;

– Crise febris classificadas como complexas;

– Crise febris recorrentes;

– Estado de mal epiléptico febril (chega a prediz um aumento do risco do diagnóstico futuro de epilepsia em 13%)

Embora a crise febril possa ser uma experiência alarmante para os pais, é importante lembrar que na maioria dos casos é benigna e não causa danos permanentes.