O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que tem se destacado nos últimos anos devido ao aumento significativo no número de casos. Uma pergunta que sempre ronda as famílias e pais é: qual a causa do autismo? Exploraremos as possíveis causas desse fenômeno neste post.
Genética
A explicação preponderante para o autismo é a genética. Em julho de 2019, um estudo publicado pelo JAMA Psychiatry, analisando o histórico médico de mais de 2 milhões de crianças globalmente, confirmou que 99% dos casos de autismo podem ser atribuídos aos genes. Além disso, o estudo identificou que 1% dos casos têm relação com acontecimentos durante a gestação, como complicações no parto, infecções, uso de medicamentos e exposição a agrotóxicos.
O mesmo estudo corroborou descobertas anteriores, como um estudo sueco de 2017 que apontou que aproximadamente 83% do risco de autismo é herdado, e um estudo de 2010, também na Suécia, indicando que fatores genéticos contribuem para cerca de 80% do risco de autismo, especialmente entre gêmeos.
Portanto, diante desses estudos é possível verificar que a genética exerce um papel crucial para o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) nas pessoas. Ter um parente de primeiro grau (como pais, irmãos) com TEA aumenta o risco de desenvolver o autismo. No entanto, essa visão genocêntrica não conta toda a história.
Interações Multigênicas
O autismo não é simplesmente uma questão de um único gene defeituoso. É uma dança complexa de interações multigênicas, onde vários genes trabalham em conjunto para moldar o desenvolvimento cerebral e o comportamento. Essa rede intricada de influências genéticas torna o diagnóstico do TEA uma tarefa desafiadora. A heterogeneidade genética a associação e a penetrância dos genes determinam um fator de risco.
Epigenética e Multifatorialidade
Embora o componente genético seja fundamental, o autismo é uma questão multifatorial, influenciada por diversos fatores ambientais e imunológicos. A epigenética nos lembra que a natureza não é apenas o que herdamos, mas também como nossos genes interagem com o ambiente. A epigenética refere-se às mudanças na expressão gênica que não envolvem alterações na sequência do DNA, mas sim modificações químicas que afetam como os genes são ativados ou desativados. Essas modificações podem ser influenciadas por fatores ambientais, como exposição a toxinas, dieta e estresse.
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Atenção! Não deixe de procurar um médico Neurologista Infantil ou um Geneticista para tirar as suas dúvidas!
Conclusão
Há muitas causas para o autismo, entretanto a maioria dos indivíduos ainda não tem uma causa conhecida. Ao longo dos anos, diversas teorias e desinformações tentaram explicar a causa do autismo. Contudo, os avanços tecnológicos e pesquisas atuais destacam que o autismo é uma condição complexa com causas multifatoriais.
Embora a genética desempenhe um papel importante, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio neurológico complexo e multifatorial, o que significa que não há uma única causa definitiva, mas sim uma interação entre diversos fatores. Destaco o papel da capacidade cognitiva variada dentro do espectro associada aos fatores genéticos e ambientais.
Mas ainda persiste a pergunta intrigante: Quais são os fatores ambientais que podem contribuir para o desenvolvimento do TEA? Essa questão será abordada em nosso próximo post. Clique aqui para acessar o post e explorar mais sobre esse tópico.